terça-feira, 24 de setembro de 2013

Mielomeningocele



A Mielomeningocele (MMC) é uma das mais frequentes malformações congênitas no mundo, sendo responsável por sérias implicações neurológicas. Sua origem é multifatorial, mas estudos recentes associam fatores como: genética, ambiente e nutrição. Ocorre entre a terceira e quarta semanas de desenvolvimento embrionário.
            O defeito na oclusão do tubo neural leva a falha na fusão dos elementos posteriores da coluna vertebral causando malformação das lâminas e processos espinhosos do canal vertebral e também a displasia da medula espinhal que promove paralisia sensitiva e motora acometendo os membros inferiores, alterações tróficas e esfincterianas como diminuição da força muscular, paralisia flácida, hidrocefalia, incontinência dos esfíncteres do reto e bexiga.
            As crianças com Mielomeningocele usualmente apresentam comprometimento sensorial e motor nas extremidades inferiores, que impossibilitam a aquisição de padrões normais de deambulação. Na maioria das vezes, a sobrecarga ou o excesso de utilização das extremidades superiores e tronco para compensar a paresia e os desequilíbrios musculares nos membros inferiores, provocando o surgimento de distúrbios músculo- esqueléticos, especialmente nos tecidos moles e peri-articulares.    
            O tratamento visa à independência funcional da criança, sobretudo, no que se refere à deambulação. Nesse sentido, a fisioterapia tem papel fundamental na independência funcional da criança com mielomeningocele. A complexidade e a diversidade do quadro clínico apresentado por estas crianças demandam avaliação fisioterápica criteriosa, visto que é necessário estabelecer programa terapêutico adequado para desenvolver o máximo de sua funcionalidade.

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