sábado, 24 de julho de 2010

VALE A INDICAÇÃO (2)

O processo de reabilitação de um paciente com sequelas de AVE é, na maioria das vezes, um grande desafio, uma vez que temos que minimizar o impacto da patologia e aumentar a recuperação funcional do indivíduo acometido. Para fazermos o planejamento, evolução e modificação de um programa fisioterapêutico, faz-se necessário realizar avaliações acuradas. Por isso, gostaria de indicar a Motor Assessment Scale for Stroke (MAS), ou Escala de Avaliação Motora para AVE como alguns preferem.

A MAS, desenvolvida por Janet Carr em 1985, possui o objetivo de testar as intervenções realizadas nos indivíduos acometidos por AVE. Originalmente, a escala possui 9 itens, são eles: rolar de decúbito dorsal para decúbito lateral sobre o lado bom (item 1), passar de decúbito dorsal para sentado à beira do leito (item 2), equilíbrio sentado (item 3), passar de sentado para em pé (item 4), marcha (item 5), função de membro superior (item 6), movimentos da mão (item 7), atividades finas da mão (item 8) e tônus muscular (item 9). Em 1998, a escala foi modificada, omitindo-se o item tônus muscular, o qual é pouco confiável, ficando, a escala, com os 8 primeiros itens. Cada item é pontuado de zero a seis. A escala é de rápida aplicação (10 a 15 minutos), tem confiabilidade testagem-retestagem e de interavaliação.

Particularmente, acho a MAS uma ótima escala para acompanhamento da evolução de pacientes pós-AVE, sendo de grande utilidade tanto nas pesquisas longitudinais quanto nas transversais. Na prática clínica, devido a sua sensibilidade, a MAS pode ser utilizada como meio de estabelecer o ingresso do paciente a reabilitação e a melhor prática clínica a ser desenvolvida.

Para os mais curiosos que desejam conhecer um pouco mais sobre esta escala, deixo a referência de dois artigos (abaixo). O primeiro, em inglês, é o original de 1985 e o segundo, em português, trás uma versão traduzida. Os dois artigos têm livre acesso, basta apenas colocar seus nomes no senhor que tudo sabe (google).

Vale a indicação!!!

Referências:

CARR, J. H. et al. Investigation of a new motor assessment scale for stroke patients. Physical Therapy. 1985; 65(2): 175-80.

CONTE, A. L. F. et al. Confiabilidade, compreensão e aceitação da versão em português da Motor Assessment Scale em pacientes com acidente vascular encefálico. Revista Brasileira de Fisioterapia. 2009; 13(5): 405-11.


Por Renan Guedes

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